O slow-living contraria o estilo de vida da sociedade atual, pautado pelo stress, rotinas de trabalho agitadas e pressões. É uma forma de estar com foco em aumentar a qualidade de vida, centrada na calma e no contacto com a natureza, mesmo dentro de casa.

Quando somos assoberbados pela atribulação do quotidiano, pode ser fácil esquecer que existem outros modos de vida para nós. A pressão e a aceleração fortemente presentes na sociedade contemporânea fazem com que a qualidade de vida diminua. Acabamos por existir em total piloto automático.

O slow-living e o wabi sabi divergem desta forma de estar, perigosa para a saúde física e mental. Estes movimentos sugerem uma rotina e uma casa mais leve, que permitam saborear cada momento e priorizar a conexão com o que nos rodeia.

O que é o slow-living e qual a sua importância?

A busca da perfeição – no que possuímos, no que aspiramos e na forma como nos relacionamos – leva-nos à exaustão, a sentirmos stress e ansiedade. Não apreciamos a vida, os momentos do dia a dia e o que nos rodeia.
Se ao longo das últimas décadas fomos bombardeados com ideias de perfeição e de consumismo, como o caminho para a felicidade, nos anos mais recentes, cresceram movimentos e filosofias que procuram combater essas ideias.

O slow-living é uma visão disruptiva que propõe desacelerar o ritmo quotidiano para evitar estes problemas. Ensina a ter mais respeito pela natureza e pela vida, promovendo o autoconhecimento. Tal não significa que tenha que fazer uma mudança drástica ou isolar-se da sociedade. A palavra-chave é o equilíbrio.

De uma forma geral, este movimento procura incluir pequenas mudanças na rotina, tornando-a mais tranquila. Continue a ler e descubra algumas dicas que podem ajudar a introduzir mais calma no seu dia a dia e no ambiente da sua casa.

8 Dicas para desacelerar o ritmo de vida e ter uma casa tranquila

1. Inclua atividades de mindfulness

Meditação, pilates e yoga são práticas que podem ajudar a contrariar o estilo de vida acelerado e a promover o equilíbrio mental, enquanto trabalha o seu corpo. As atividades de mindfulness dão-lhe ferramentas para controlar a respiração, tornando-a mais calma, e autoconhecer o seu corpo e mente. O resultado é a desaceleração e reconexão com o ciclo natural.

2. Conecte-se com a natureza

A natureza e o slow-living estão intrinsecamente ligados. Na natureza, nada acontece no imediato. Cada ciclo tem o seu momento. As plantas levam o seu tempo a brotar, crescer, dar flor e, por fim, fruto. Assim, ter uma horta em casa ou adicionar plantas à sua decoração pode ter o mesmo efeito que a meditação.

Não há forma de acelerar o crescimento de uma planta. É necessário esperar que o tempo faça o seu papel. Esta calma pode ser absorvida também com passeios na natureza. Enquanto os nossos sentidos são despertados, somos contagiados pelos ritmos naturais e pela sua serenidade.

3. Esteja mais tempo offline

Apesar dos seus inúmeros benefícios, a tecnologia é um dos responsáveis pelo ritmo acelerado da sociedade contemporânea. Por essa razão, é importante que se desligue das tecnologias e das notificações constantes para aproveitar verdadeiramente os momentos de lazer, dentro e fora de casa. A capacidade de se conseguir concentrar no “agora” é essencial para ter uma vida mais calma e com significado.

4. Aprecie os pequenos prazeres

O slow-living defende que devemos aproveitar os pequenos prazeres da vida e contrariar o automatismo frenético do quotidiano. Esta é uma dica para refletir nas suas prioridades.

É essencial que organize o seu tempo de forma a fazer mais atividades que resultem na sua felicidade e bem-estar. Ao fazer isso, está a tornar pequenas práticas do seu dia a dia em rituais de slow-living.

5. Dê importância ao silêncio

A azáfama e o barulho permanentes levam, por vezes, à necessidade de adicionar ruído para preencher o silêncio. No entanto, isso ajuda a manter o ritmo acelerado do corpo.

Já saber aproveitar uma vida sem ruído tem o efeito oposto. Os momentos de silêncio ajudam a acalmar o ritmo, a dar voz aos seus pensamentos e a desligar do barulho constante da vida. Este é um dos pilares fundamentais do slow-living.

6. Pratique o desapego

Por falar em ruído, não é apenas o auditivo que pode ser prejudicial. O visual também tem um efeito bastante nocivo para a saúde. O desapego é, assim, uma excelente forma de limpeza mental.

Doe tudo aquilo que já não usa ou que lhe traz pensamentos negativos, velhas ideias e preconceitos. A sua casa deve ser um local onde se sinta relaxado. Para ajudar, pode optar por uma decoração mais minimalista.

7. Procure produtos genuínos, com materiais naturais

Não temos que ser parte de uma sociedade instantânea, construída com produtos descartáveis e produzidos em massa. Para a decoração da sua casa, escolha os materiais naturais, que envelhecem de forma bonita. Opte por peças produzidas com respeito pelo ambiente e pelas pessoas.

8. Faça algo pelo seu bem-estar todos os dias

O bem-estar e a qualidade de vida são dois objetivos promovidos pelo slow-living. Quando fatores externos lhe provocarem ansiedade, ocupe parte do seu dia a cuidar de si. Seja através de momentos de relaxamento ou com atividades que lhe deem prazer. O importante é que o seu corpo e mente voltem a ficar calmos, recuperando o conforto e a paz interior.

Wabi sabi: A estética que transmite paz

Alinhado com o slow-living está o wabi sabi. Este conceito nasceu no Japão e promove um estilo de vida que valoriza a beleza da imperfeição. Inspire-se na filosofia Zen e nos seus princípios estéticos para alcançar o wabi sabi dentro de casa:

• Simplicidade – Privilegie uma casa com espaços pouco decorados, nus de objetos que compliquem o dia a dia;
• Assimetria e irregularidade – Opte por materiais naturais que resultam do processo de fabrico e do uso ao longo do tempo;
• A beleza do que é discreto – Opte por uma casa com um ambiente mais sóbrio em tons pastel e cores neutras;
• Autenticidade e neutralidade – Selecione materiais naturais, preferencialmente de produção local , como a madeira, a pedra e o linho;
• Graça e subtileza – Integre na decoração quadros ou elementos culturais, com humor, desenhos dos filhos, fotografias, etc.;
• Liberdade – Privilegiar elementos úteis e práticos dão-nos mais tempo livre e maior prazer em cuidar da casa ;
• Tranquilidade – Promova sensações de bem-estar com a integração da natureza dentro de casas. Escolha plantas para decorar zonas de lazer e descanso e tornar o ambiente mais confortável.

Alcançar uma vida mais alegre dentro da tranquilidade e da imperfeição é um dos benefícios das filosofias que sustentam o slow-living e do wabi sabi. É importante que não fique refém da azáfama do dia a dia.

Alinhadas com os conceitos que nos movem, pode encontrar no site da Boa Safra formas de se reencontrar com valores vitais dentro da sua casa. Siga o blog e receba mais dicas para tornar o seu dia a dia mais inspirador. 

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